2020-12-20
NIT

Autor do Museu Judaico de Berlim também vai desenhar o de Lisboa

O Museu Judaico de Lisboa é uma das obras mais aguardadas da capital, porém, nem tudo vai acontecer como estava previsto. Por exemplo, em vez de ser em Alfama, o espaço vai ser construído num terreno em Pedrouços, entre a Avenida da Índia e a Rua das Hortas, avança o jornal “Público” na edição de sexta-feira, 18 de dezembro.

A mesma publicação diz que o arquiteto responsável será Daniel Libeskind. O polaco-americano foi o responsável pelos desenhos dos museus judaicos de Berlim, São Francisco e Copenhaga, bem como memoriais do Holocausto nos Países Baixos, no Canadá e nos Estados Unidos, e a reconversão do Ground Zero, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Recorde-se que o museu de Lisboa foi anunciado em 2016 e devia ter aberto ao público no ano seguinte no Largo de São Miguel, que é um local com história para a Comunidade Israelita de Lisboa. Porém, a Associação do Património e População de Alfama não concordou com a localização, nem com a arquitetura escolhida, pelo que o projeto não avançou.

O terreno em Pedrouços tem cerca de 4400 metros quadrados, muito mais do que o lote de Alfama, pelo que “o projeto ganha uma dimensão completamente diferente e vai ter uma escala internacional muito maior”, diz ao “Público” Catarina Vaz Pinto, vereadora da Cultura de Lisboa.

A Câmara Municipal de Lisboa mantém a previsão de que o museu custará 11 milhões de euros, dos quais um milhão resulta da taxa turística. “O montante restante será angariado pela Associação Hagadá”, diz o jornal.

andreia afonso guerreiro