2021-03-31
CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
Museu Judaico de Lisboa será construído em Belém
A cerimónia decorreu numa data simbólica, em que se assinala o segundo centenário da abolição do Tribunal da Inquisição, lembrou a presidente da Associação Hagadá, Esther Mucznik.
Um “período de escuridão”, salientou, que será também lembrado no museu, dedicado “sobretudo” à “parte luminosa” da história do povo judaico.
Com uma área aproximada de 4 mil m2, o Tikvá, que significa esperança em hebraico, vai retratar os quase dois mil anos de história do judaísmo em Portugal, pretendendo preservar e divulgar a memória e a vivência judaica, e valorizar as diferenças culturais, promovendo a integração inter-religiosa.
Daniel Libeskind, é o arquiteto responsável pelo desenvolvimento do Museu Judaico em Lisboa. Desenhou os museus judaicos de Berlim, São Francisco e Copenhaga, bem como os memoriais do Holocausto nos Países Baixos, no Canadá e nos Estados Unidos e a reconversão do Ground Zero, em Nova Iorque.
Museu e memorial de homenagem ao povo judaico
O museu representa um ponto de partida “para nos mostrarmos de forma mais plena como comunidade”, e mostrar ao mundo uma história milenar, afirmou Fernando Medina.
Para o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o futuro espaço permite “fazer uma afirmação política muito clara”: Lisboa vai bater-se pelos valores da convivência de culturas, e do respeito mútuo, como “elemento chave de uma sociedade”.
Além do museu, adiantou Fernando Medina, a Câmara aprovou transformar o local onde esteve prevista a sua construção, num memorial de homenagem ao povo judaico.
O memorial será erigido no Largo de São Miguel, em Alfama, perto da mais antiga judiaria que existiu em Lisboa, na Idade Média.